domingo, 18 de janeiro de 2015

Programação do Colóquio



Programa do Evento

1o. Colóquio Internacional: O Afro Contemporâneo nas Artes Cênicas - Perspectivas Teóricas, Poéticas e Pedagógicas.

O Colóquio O afro Contemporâneo nas Artes Cênicas: Perspectivas Teóricas, Poética e Pedagógicas tem como foco fazeres e saberes vinculados à diáspora africana. O Colóquio pretende pensar a cultura afro-diaspórica nas artes cênicas e na educação, divulgar e confrontar relatos e análises que surgem de diferentes experiências históricas, âmbitos e países. Visa analisar e investigar, poéticas para a dança, o teatro e a performance, bem como suas abordagens educacionais. O colóquio quer contribuir para a renovação artística e pedagógica de forma a aprofundar e ampliar a contribuição africana e afro-brasileira aos processos contemporâneos de criação cênica e educação artística.

De 31/03 a 04/04 no Instituto de Artes da UNESP- Campus São Paulo-SP
Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271- Barra Funda - Cep: 01140-070
(Metro Barra Funda)


Dia 31/03
Recepção/ Inscrições
08:00h às 09:30h- Saguão
Abertura Oficial do Colóquio
09:30h às 10:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff

A- Palestras 

Dia 31/03- 10:00h às 12:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Thomas DeFrantz- Professor PhD, Dance Program, Duke University- Durham, NC , USA
Titulo da Palestra: "Beleza negra: performance contemporânea, estética africana" (“Black beauty: contemporary performance, africanist aesthetics”)


Dia 01/04 - 9:00h às 11:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Yvonne Daniel – Professora Emérita de Dança e Estudos Afro Americanos do Smith  College, Northhampton, Ma.
Título da Palestra: Título da Palestra: "O poder do corpo dançante africano". ("African dancing body power")

Dia 02/04 - 9:00h às 11:30h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Sylvie Chalaye – Professora PHD da Universidade de Paris – Sorbonne Nouvelle.
Titulo da Palestra: O quilombolismo das dramaturgias afro-contemporâneas" (“Le marronnage des dramaturgies afro-contemporaines”)

B- Mesas Redondas

Dia 31/03 – 13:30h às 16:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa 1 - Pedagogia: fazeres e saberes em diálogo, desafios político-institucionais.

Ementa: As possibilidades abertas pela lei 10.639/2003, a qual assegura a obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro Brasileira na educação básica, ampliam a necessidade de pesquisa dos temas afro-brasileiros. Discutir sobre as múltiplas mediações contidas nos espaços de aprendizagem que compartilham as artes cênicas a partir dos olhares das matrizes negras diaspóricas, No que se refere às formas de transmissão desses saberes afro-descendentes, surgem as experiências partilhadas entre visão de mundo tradicional ou popular e sistemas educacionais modernos de aprendizagem formal e informal. A entrada em cena da cultura afro se faz  em meio a uma  realocação de forças políticas que, por si só, define novas formas  de se pensar  a pedagogia, o ensino e a transmissão do saber.

1.Kiusam Regina de Oliveira- Pesquisadora Doutora em Educação, Faculdade de Educação da USP e Professora da Rede Municipal da Cidade de São Paulo.  
Titulo da palestra: "A Pedagogia da Ancestralidade que Conheço de Perto: Empoderamento feminino, encantamento dos corpos e corporeidade poética"

2. Amélia Vitória de Souza Conrado- Pesquisadora Doutora em Educação, Universidade Federal da Bahia, UFBA.
Titulo da palestra: “Pesquisa Cênica Afro-brasileira: análises e desafios através da montagem coreográfica Maria Meia Noite em Salvador-Bahia”

3. Henrique Antunes Cunha Jr. - Professor Livre Docente em Engenharia, USP, Professor da Universidade Federal do Ceará, UFC.
Titulo da Palestra: “Estéticas das pedagogias afrodescendentes”

4. Nadir Nóbrega Oliveira. Professora Doutora da Universidade Federal de Alagoas. UFAL
Titulo da Palestra: “Resistências e Existências dos blocos afros baianos e dos Bois de carnaval alagoano”

Mediação: Yascara Donizeti Mancini

Dia 01/ 04 – 13:30h as 16:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa 2 - Afrocentrismo, diáspora, políticas e identidades: estratégias para enegrecer a teoria.  

Ementa: Abrir o debate sobre cultura negra na diáspora para se ponderar sobre novas epistemologias e estratégias de invenção nos âmbitos artístico, teórico e educacional. Revisar e problematizar o uso de conceitos teóricos como sincretismo, apropriação, identidade, no campo dos estudos sobre as artes afro. Criticar os processos de legitimação de saberes, na construção de identidades e perspectivas sobre o corpo e sua relação com o mundo. Explicitar as formas de reprodução e disseminação de estereótipos relacionados às culturas negras e seus sujeitos.

1. Julio Tavares - Professor Doutor da Universidade Federal Fluminense- Departamento de Antropologia.
Título da palestra: “Ginga como pensamento orgânico e estético: políticas cognitivas e o projeto ontológico da diáspora africana”

2. Paulo Dias- Etnomusicólogo, Presidente da Associação Cultural Cachuera! (SP) 
Título da palestra: O lugar da fala- Conversas entre o ondjango angolano e o jongo brasileiro

3. Salomão Jovino da Silva - Pesquisador Doutor em Historia pela PUC-SP e Professor da Rede Municipal da Cidade de São Paulo.
Título da Palestra: Sampa Negra: Urbanidade, Periferia, Contracultura e antirracismo.

4. Maria Antonieta Antonacci (Professora do Depto. De Pós-Graduação em História da PUC-SP e Coordenadora do Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora da PUC-SP - CECAFRO)
Título da Palestra: A arte da memória de corpos em diáspora: “condições de enunciação” em pedagogia performática.


Mediação: Deise Santos Brito

Dia 02/04- 13:30 às 16:30h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa 3 - Performance Negra: mediações entre a cultura tradicional e a criação cênica contemporânea.

Ementa: refletir sobre a produção cênica de grupos e artistas negros. Discutir os rumos do teatro negro e da dança afro e suas estratégias políticas de visibilidade e engajamento estético, social e político. Compreender os fundamentos de uma poética afro, seus processos próprios de criação e fruição, sua corporalidade particular. Pensar as mediações entre a cultura tradicional africana e afro-brasileira e a criação cênica contemporânea, no teatro e na dança.

1. Nefertiti Burton- Professora PhD Professora da Louisville University, Kentucky, USA
Titulo da Palestra: “Staging Yoruba Orature for Secular Audiences”

2. Patrick Acogny- Professor Doutor do Laboratório de d’Etnocenologia da Universidade de Paris XVIII , Sait-Denis, França.
Titulo da Palestra: “From Tradition to Contemporary Forms: The experience of the Ecole des sables”

3. Grácia Maria Navarro- Professora Doutora do Departamento de Artes Cênicas, Unicamp.
Titulo da Palestra: “Na  Encruza”  

4.Inaicyra Falcão dos Santos- Professora Livre Docente do Departamento de Artes Corporais, UNICAMP.
   Titulo da Palestra: Corpo e Ancestralidade: Cultura africano-brasileira e a Criação Cênica Contemporânea


Mediação: Fernando Marques C. Ferraz





C- Grupos de Trabalho (GTs)
Dias 31/03, 01/04 das 16:30h às 19:00 h


1. GT- MITO IMAGEM E CENA - EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES AFRO CONTEMPORÂNEAS
Entrelaçar as noções de mito e imagem no contexto das artes da cena, estudos relacionados ao imaginário, à performance, à polivalência da imaginação e suas valorações simbólicas podem ajudar a expandir os horizontes de pesquisa para além das fronteiras clássicas que separariam os estudos cênicos, antropológicos, filosóficos, psicológicos e religiosos, colaborando para perspectivas pós-disciplinares. O grupo de trabalho Mito, Imagem e Cena, em processo de atividades desde setembro de 2014 com a realização dos Encontros Arcanos e de reunião de pesquisadores no VIII Congresso da Abrace (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós graduação em Artes Cênicas), expande agora suas margens abarcando investigações sobre mito, imagem e cena sob o recorte específico das experiências e reflexões afro contemporâneas.
Coordenação:
Profa. Dra. Luciana Lyra (UNESP/UFRN)
Prof. Dr. Alexandre Nunes (UFG)

2. GT- O CORPO NA CAPOEIRA
O corpo na capoeira, em suas diferentes vertentes - Angola, Regional e Contemporânea, pode ser observado e discutido de diferentes perspectivas, seja a partir do olhar da dança, do teatro, da performance ou da antropologia e, ainda, de forma  interdisciplinar. A prática da capoeiragem agrega em seu fazer questões que perpassam pela simbologia, corporeidade, teatralidade e ancestralidade, que se manifestam no corpo do capoerista a partir de sistemas de códigos agenciados pela tradição afro-brasileira e pelo constante movimento de (re)invenção das práticas populares na contemporaneidade. Com atenção ao fato da capoeira explorar a potência artística do corpo à medida que estimula o desenvolvimento de uma consciência corporal, do domínio do movimento expressivo e da capacidade do jogo, o GT – O Corpo na Capoeira, propõe o encontro de artistas, pesquisadores e capoeiristas, com intenção de discutir a expressividade do corpo na capoeira como parte constituinte do ritual da roda, aqui entendida como manifestação de arte negra e, ainda, como um elemento potencial para o treinamento do ator e do bailarino.
Coordenação: 
Profa.Dra. Renata de Lima Silva (UFG)
 Prof. Dr. Eusébio Lobo da Silva (Unicamp)
 Profa. Dra Daniela Maria Amoroso ( UFBA)

3.GT – A EXPERIÊNCIA NEGRA NO TEATRO BRASILEIRO
Pouco se tem pesquisado e discutido sobre a experiência negra nas artes cênicas do Brasil e o mundo. Este fato não se pode dissociar do processo histórico vivido pelo homem negro, desde a época da escravização e diáspora dos africanos até os dias de hoje. Os referenciais culturais negros (bem como os indígenas) ainda tem sido pouco analisados no mundo artístico e acadêmico em suas possibilidades de contribuição, enriquecimento, desenvolvimento, visibilidade, discussões e proposições alcançadas por educadores, artistas, pesquisadores, entre outros, a partir dessa temática nas Artes  Cênicas e outras disciplinas afins.
Este GT almeja promover/desenvolver um espaço de discussão e reflexão em estudos que entrevejam a natureza emblemática da cultura negra nas Artes Cênicas e outros espaços, evidenciando principalmente o Brasil; abrangendo sua natureza de performance negra, teatro negro ou drama negro e assim, promovendo o intercâmbio entre pesquisadores e pesquisadoras que o incluem como objeto da sua experiência e pesquisa, que passa por diferentes eloquências artísticas e acadêmicas,.
Nosso contexto de interesse suporta questões políticas, históricas, estéticas em abordagens experienciais, pedagógicas e metodológicas.  O que contempla aspectos da presença do artista negro na história das Artes Cênicas, do negro como personagem, dançarino, performer; da temática negra na dramaturgia; formas negras nas Artes Cênicas; drama negro como Artes do Espetáculo no patrimônio cultural imaterial o aspecto político e identitário, as proposições estéticas negras e a performance negra como pedagogia epistêmica contemporânea. São bem vindos também estudos práticos que tenham como base a experiência, investigação e proposição de ferramentas de abordagens metodológicas para inserção de conteúdos no âmbito da formação e prática do ator assim como a exploração de elementos de composição corpo-expressiva a partir de elementos da performance artística negra (cânticos, danças, práticas corporais, folguedos, narrativas míticas e pessoais).
Coordenação: 
Prof. Dr. Julio Moracen Naranjo - UNIFESP
 Profa. Dra Evani Lima - PPGAC-UFBA/CAPES

4.  GT- PEDAGOGIA E AFRICANIDADES
O Grupo de Trabalho Pedagogia e Africanidades visa reunir pesquisas sobre práticas educativas que dialoguem com os conhecimentos produzidos por africanos e seus descendentes no correr da história. Inclui, portanto, produções socioculturais e históricas que abrangem diferentes áreas do conhecimento e diferentes campos de pesquisa, o que justifica a obrigatoriedade de história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar e em áreas de investigação e estudos no âmbito da graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, ação cultural e ação comunitária.
Desejamos refletir sobre as diferentes maneiras de produção dos fazeres educativos no que tange as relações raciais nas escolas e fora dela. A educação, bem como suas diversas formas de transmissão não se restringe ao ambiente escolar, estão presentes nas tradições, nas histórias e memórias inscritas pela oralidade, na musicalidade, na dança, na corporeidade, na religiosidade, tópicos estes conceituados como valores civilizatórios afro-brasileiros. Ao promover a discussão e socialização de epistemologias constituídas a partir dos valores civilizatórios afro-brasileiros instituídos através da diáspora africana no Brasil, objetivamos construir um espaço de interlocução que articule aspectos interdisciplinares e multidisciplinares que aportem pesquisas sobre a diversidade e confluência das africanidades brasileiras e como estas são parte integrante do processo pedagógico.

Coordenação:
Ms. Juliana de Souza Mavoungou Yade-UFC ( doutoranda)
Ms. Márcia Cristina Américo – UNIMEP (doutoranda)

5. GT- DANÇA E DIÁSPORA NEGRA
O GT Dança e diáspora negra deseja reunir e compartilhar pesquisas e reflexões sobre a produção de dança nos territórios da diáspora negra ponderando sobre as estratégias de atuação e circulação dos artistas entre espaços diversos. Objetiva-se abordar percepções históricas e antropológicas sobre as estratégias de formação dos artistas da dança, seus processos de estruturação e difusão de pedagogias, a elaboração e constituição de treinamentos, e a recriação de repertórios coreográficos presentes nessas experiências seja no Brasil ou no exterior. O GT deseja agregar pesquisas preocupadas em refletir sobre os processos de hibridização, assimilação e/ou resistência cultural, ressignificações simbólicas e afirmações políticas permeadas pelos legados e devires afrodiaspóricos presentes nas práticas de dança. Propomos também agregar pesquisas interessadas em discutir os processos de produção de conhecimento em dança a partir da análise do corpo em movimento, da percepção das subjetividades impressas e os processos envolvidos na construção coreográfica.
As propostas para comunicação poderão ser apresentadas nos seguintes formatos:
1- Comunicação Oral (20 minutos).
2- Demonstração de Processo seguida de reflexão do artista sobre seus procedimentos de criação (25 minutos).
Formato para envio das propostas:
1.Título da Comunicação
2.Resumo ( máximo 30 linhas)
3.Palavras chave
4.Mini-currículo do pesquisador
5. Foto e/ou vídeo (link youtube, vimeo, etc) no caso de Demonstração de Processo.
As propostas devem ser enviadas para o email: coloquioafrocontemporaneo@hotmail.com e devem conter no assunto o título do GT escolhido. (GT Dança e Diáspora Negra)

Coordenação:
Ms. Fernando M. C. Ferraz -UNESP  (doutorando)
 Ms Luciane da Silva- UNICAMP ( doutoranda)

6. LITERARIEDADES SÔNICAS E PERFORMÁTICAS DE CULTURAS EM DIÁSPORA
O objetivo do GT Literariedades sônicas e performáticas de culturas em diáspora é reunir trabalhos que versem sobre práticas culturais afrodiaspóricas detentoras de arte, de saberes e memórias negras. Concebendo expressões corporais como produtoras/transmissoras de sabedorias orais africanas e recorrendo a narrativas performáticas, rítmicas, tamboriladas, protagonizadas por povos africanos e da diáspora, a perspectiva é captar indícios de redes de comunicações entre regiões e/ou grupos de escravizados e libertos, no contínuo vir-a-ser de culturas negras. Em atenção a enredos, instrumentos e repertórios musicais; danças, gestualidades, esculturas sonoras; cantorias e versificações, imagens, máscaras e outros recursos audiovisuais de culturas em diáspora, pretende-se apreender como foram e estão sendo encenadas suas tradições, memórias e histórias vivas.
No Brasil, nação forjada na expansão europeia, suas elites reforçam poderes e status nos marcos de sua cultura letrada, valorizando modos de ser, pensar e viver, produzir/consumir bens culturais em seus códigos e imaginário iluminista. Nas “dobras” de sua ordem e progresso, pulsam outras lógicas, valores, modos de ser e comunicar permeados por matrizes de culturas orais gestadas no inter-cruzar de povos africanos, nativos, migrantes e deslocados de contínuas diásporas internas. Priorizando atenções a travessias letra, voz, imagens, sons, performances, em locais de cultura enraizados entre-lugares de gêneros orais e linguagens letradas, importam estudos voltados a pedagogias performáticas, empoderando corpos negros.
Em críticas à modernidade/colonialidade, lendo jazz, reggae, funk, rumba, zouk, compas, hip hop e outros refazeres de africanidades no Brasil, a exemplo de festas, capoeira, coco-de-roda, maracatu, candomblé, umbanda, macumba – enquanto diferença colonial –, a intenção é pensar desde reinvenções de ancestrais práticas pedagógicas voltadas a “condições de enunciação”, na contramão de discursos pedagógicos.
Coordenadores:
Maria Antonieta Martines Antonacci (PUC/SP)
 Danilo Luiz Marques (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo)
 Liliane Pereira Braga (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo)

7. IMAGENS EM MOVIMENTO, NARRATIVAS E PERFORMANCES NEGRAS
As instalações de Isaac Julien, as vídeo-performances de Paulo Nazareth e Dalton Paula, o cinema de Viviane Ferreira e Zózimo Bulbul constroem narrativas, questionam lugares comuns e oferecem novas leituras da construção do corpo negro. Não domesticáveis, esses trabalhos exprimem a multiplicidade das subjetividades negras. Daí, a intenção deste GT é pensar como são acionadas essas práticas de contra-representação do corpo negro construídas por artistas visuais e audiovisuais negrxs, através de imagens em movimento, em especial, através de performances e narrativas audiovisuais e/ ou multiplataforma (cinema, vídeo, tv, videoclip, vídeo experimental, vídeo dança, webdoc, flashmob, videocast, video-arte, vídeo-instalação, etc). Nosso diálogo mais direto é com autores como bell hooks, Kobena Mercer, Stuart Hall, Manthia Diawara e Deborah Willis. Temáticas voltadas para gênero, sexualidade, territorialidade, religiosidade e as artes do corpo negro em sua dimensão audiovisual; memória e a constituição de arquivos visuais e audiovisuais da produção cênica negra; novas formas narrativas de cinemas negros africanos e afrodiaspóricos, a relação entre o griot (e/ ou o teatro) e o cinema africano e estudos de trajetórias serão bem-vindos. O espaço também estará aberto para apresentações de artistas visuais e audiovisuais que desejem falar sobre a filosofia e trajetória de seu trabalho.
O GT se estenderá por 3 encontros, das 16h às 18h30, com 4 a 5 falas diárias (pelo menos uma delas será voltada para artistas visuais ou audiovisuais que pretendam fazer um statement sobre o seu processo de trabalho). Cada pesquisador/ artista terá 15 minutos para apresentar a sua fala. A previsão é de que tenhamos ao menos 1 hora ou 1h30 para o debate sobre os trabalhos apresentados.
Coordenadores:
Profa. Dra. Janaína Damaceno (UFSCar) djanaina@yahoo.com
Profa. Dra. Janaína Oliveira (IFRJ) oliveira.janaina.p@gmail.com

8. CONTEMPORANEIDADE E CULTURA POPULAR: ATRAVESSAMENTOS - DANÇA, ARTES E EDUCAÇÃO.
O presente GT tem como proposta fomentar a discussão sobre a cultura popular em consonância com o campo das artes e suas linguagens, sobretudo na dança - principal eixo de diálogo - bem como suas implicações, questões e experiências na esfera pedagógica. A partir do contexto contemporâneo, buscamos articular tais atravessamentos compreendidos numa dinâmica híbrida, abarcados de elementos culturais, sociais, artísticos e pedagógicos que estão para além dos que a constroem.
As propostas para comunicação poderão ser apresentadas no formato Comunicação Oral (15 a 20 minutos),  apresentada por meio de slides, banner, vídeo, fotografias ou outro meio de comunicação visual ou audível.
Coordenadoras: Rosane de Assis Barbosa - Mestre em Ciências Sociais –
UFRRJ / Professora da Faculdade e Escola de Dança Angel Vianna - RJ 
Gessica da Silva Justino - UFRJ.   bacharelanda em Dança/UFRJ  
Tulani Pereira da Silva - Pós-Graduanda em Linguagens Artísticas,
  Cultura e Educação – IFRJ


D- Filmes /palestras com os realizadores
31/03 – 19:30h às 21:30h –Teatro Maria de Lourdes Sekeff 
Movement (r)evolution África - A história de uma forma de arte em quatro atos - direção e realização de Joan Frosch. (65 min)
Sinopse: Numa surpreendente exibição de efervescência da arte coreográfica, nove coreógrafos africanos contam historias sobre uma arte emergente, capaz de revelar subjetividades múltiplas e profundamente contemporâneas. Coreografias excepcionais e discursos críticos desafiam, nesse documentário, estereótipos ultrapassados de uma “África tradicional” e desvelam respostas comoventes, trágicas e belas, aos desafios do século XXI.

Título da Palestra de Joan Frosch: O “Ridículo da Arte” e o Trabalho do Coreógrafo Faustin Linyekula


01/04- 19:30h às 21:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff  
Um Filme de Dança – direção e realização de Carmen Luz
Sinopse: E os negros? Onde estão os negros? - eis a pergunta que os brasileiros deviam se fazer uns aos outros", a pergunta de Jean-Paul Sartre e a constatação de Nelson Rodrigues nos anos 60 do século passado ainda ressoa. Seu eco foi o ponto de partida para a realização de Um Filme de Dança.  Documento pioneiro, o filme foi ao encontro de alguns dos mais atuantes criadores negros de dança de diferentes gerações e nos mostra a trajetória, o pensamento, o belo e contundente trabalho desses artistas.  O filme é uma homenagem à perseverança de bailarinos e coreógrafos. Um tributo ao corpo negro, dono de sua própria dança.

Titulo da Palestra de Carmen Luz: Dança e Escuta – Sobre o jogo das (in)visibilidades

02/04- 17:00h às 18:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff  
Balé de Pé no Chão - A Dança Afro de Mercedes Baptista- direção e realização de Marianna F. M. Monteiro e Lilian Solá Santiago ( 53min)
Sinopse: vídeo-documentário dirigido por Lillian Santiago e Marianna Monteiro, realizado pela Associação Cultural Cachuera! e pela Terra Firme Digital. O vídeo resgata a surpreendente trajetória da primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, artista responsável pela elaboração de uma linguagem afro-brasileira de dança. A partir do vínculo de Mercedes Baptista com os movimentos culturais do Rio de Janeiro das décadas de 50 e 60, em especial com o Teatro Experimental do Negro, o documentário revela o papel central da cultura afro-descendente na dança moderna brasileira, e o pioneirismo de Mercedes Baptista na luta pela afirmação do negro na dança cênica nacional. O vídeo foi subsidiado pelo Prêmio Palmares de Comunicação-2005, vencedor da
categoria Corpo Negro em Movimento. A versão de 52 min, foi premiada na 11a. Mostra Internacional do Filme Etnográfico em 2006 – Prêmio Manuel Diegues Junior: Melhor Pesquisa e Roteiro.
Titulo da Palestra de Marianna F.M. Monteiro: Dança afro, primeira dança moderna brasileira
Título da Palestra de Lilian Solá Santiago: Tela preta- o corpo negro no cinema brasileiro

E- Avaliação: perspectivas futuras do colóquio
18:30h às 20:00h - Teatro Maria de Lourdes Sekeff

F- Encerramento/ Festa
Dia 02/04 às 20:00h- Em frente ao Circo da Barra
Ngoma, terreiro sudestino
Batuque de Umbigada e Jongo (Grupo Cachuera!)

G- Oficinas /Vivências
Dias 03/04 e 04/04- Teatro Reynúncio Lima  
Das 9:00h às 12:00h
1. Si ocê quizé vem
Propositor- Rui Moreira, bailarino e coreógrafo, investigador de culturas, Cia SeráQuê? , MG.
Ao observar e mergulhar nos movimentos sociais dos homens e mulheres que ocupam as ruas das diásporas negras do continente americano, vamos reconhecer um painel de similitudes e diversidades que ligam as diferentes culturas dos países da afro América. Dar foco a esta forma de corporeidade amplia as possibilidades de compreender a universalidade presente na história de cada nação a partir de suas matrizes africanas. A alquimia de transformar esta corporeidade em mídia de arte é o argumento da vivência. A vivência divide-se em:
Sensibilização psicomotora
Explanação/discussão sobre experimentações gestuais criativas ligadas às danças negras
Improviso

Das 14:00h as 17:00h- Teatro Reynúncio Lima  
2.Orikis: dramaturgia e encarnação da tradição yoruba no teatro
Propositora: Nefertiti Burton- Professora PhD Professora da Louisville University, Kentucky, USA.
Através do estudo da cosmologia e filosofia Yorubá, a oficina introduzirá os participantes em procedimentos de criação cênica a partir da produção dos poemas litúrgicos tradicionais. Compondo elos interdisciplinares, a oficina propõe um exercício de criação cênica a partir da apreciação da liturgia Yorubá, seus sistemas simbólicos e imagéticos.






2 comentários:

  1. Para as oficinas precisam de inscrições prévias? Onde se inscrever?

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    1. Olá Janaina! Precisa sim! Dia 16/03 postaremos aqui no blog informações sobre a inscrição nas oficinas. Fique atenta! Abç Comitê Organizador,

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