Programa do Evento
1o.
Colóquio Internacional: O Afro Contemporâneo nas Artes Cênicas - Perspectivas
Teóricas, Poéticas e Pedagógicas.
O
Colóquio O afro Contemporâneo nas Artes Cênicas: Perspectivas Teóricas, Poética e
Pedagógicas tem como foco fazeres e saberes vinculados à diáspora
africana. O Colóquio pretende pensar a cultura afro-diaspórica nas artes
cênicas e na educação, divulgar e confrontar relatos e análises que surgem de
diferentes experiências históricas, âmbitos e países. Visa analisar e
investigar, poéticas para a dança, o teatro e a performance, bem como suas
abordagens educacionais. O colóquio quer contribuir para a renovação artística
e pedagógica de forma a aprofundar e ampliar a contribuição africana e afro-brasileira
aos processos contemporâneos de criação cênica e educação artística.
De 31/03 a 04/04 no Instituto de Artes da UNESP- Campus São Paulo-SP
Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271- Barra Funda - Cep: 01140-070
(Metro Barra Funda)
Dia 31/03
Recepção/
Inscrições
08:00h às 09:30h- Saguão
Abertura
Oficial do Colóquio
09:30h às 10:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
A-
Palestras
Dia 31/03- 10:00h às 12:00h-
Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Thomas DeFrantz- Professor PhD, Dance Program, Duke University- Durham, NC , USA
Titulo da Palestra: "Beleza negra: performance contemporânea, estética africana" (“Black beauty: contemporary performance, africanist aesthetics”)
Dia 01/04 - 9:00h às
11:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Dia 02/04 - 9:00h às
11:30h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Sylvie Chalaye – Professora PHD da Universidade de Paris – Sorbonne Nouvelle.
Titulo da Palestra: O quilombolismo das dramaturgias afro-contemporâneas" (“Le marronnage des dramaturgies afro-contemporaines”)
B- Mesas Redondas
Dia 31/03 – 13:30h às 16:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa
1 - Pedagogia: fazeres e saberes em diálogo,
desafios político-institucionais.
Ementa: As possibilidades abertas pela lei 10.639/2003, a qual assegura a obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro Brasileira na educação básica, ampliam a necessidade de pesquisa dos temas afro-brasileiros. Discutir sobre as múltiplas mediações contidas nos espaços de aprendizagem que compartilham as artes cênicas a partir dos olhares das matrizes negras diaspóricas, No que se refere às formas de transmissão desses saberes afro-descendentes, surgem as experiências partilhadas entre visão de mundo tradicional ou popular e sistemas educacionais modernos de aprendizagem formal e informal. A entrada em cena da cultura afro se faz em meio a uma realocação de forças políticas que, por si só, define novas formas de se pensar a pedagogia, o ensino e a transmissão do saber.
1.Kiusam Regina
de Oliveira- Pesquisadora Doutora em Educação, Faculdade de Educação da USP e
Professora da Rede Municipal da Cidade de São Paulo.
Titulo da palestra: "A Pedagogia da Ancestralidade que Conheço de Perto: Empoderamento
feminino, encantamento dos corpos e corporeidade poética"
2.
Amélia Vitória de Souza Conrado- Pesquisadora Doutora em Educação, Universidade
Federal da Bahia, UFBA.
Titulo da palestra: “Pesquisa
Cênica Afro-brasileira: análises e desafios através da montagem coreográfica Maria
Meia Noite em Salvador-Bahia”
3.
Henrique Antunes Cunha Jr. - Professor Livre Docente em Engenharia, USP,
Professor da Universidade Federal do Ceará, UFC.
Titulo da Palestra: “Estéticas das pedagogias afrodescendentes”
4.
Nadir Nóbrega Oliveira. Professora Doutora da Universidade Federal de Alagoas.
UFAL
Titulo da Palestra: “Resistências e
Existências dos blocos afros baianos e dos Bois de carnaval alagoano”
Mediação:
Yascara Donizeti Mancini
Dia 01/ 04 – 13:30h as 16:00h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa 2 - Afrocentrismo, diáspora, políticas e identidades:
estratégias para enegrecer a teoria.
Ementa: Abrir o
debate sobre cultura negra na diáspora para se ponderar sobre novas
epistemologias e estratégias de invenção nos âmbitos artístico, teórico e
educacional. Revisar e problematizar o uso de conceitos teóricos como
sincretismo, apropriação, identidade, no campo dos estudos sobre as artes afro.
Criticar os processos de
legitimação de saberes, na construção de identidades e perspectivas sobre o
corpo e sua relação com o mundo. Explicitar as formas de reprodução e
disseminação de estereótipos relacionados às culturas negras e seus sujeitos.
1. Julio Tavares - Professor Doutor da Universidade Federal
Fluminense- Departamento de Antropologia.
Título da palestra: “Ginga como pensamento orgânico
e estético: políticas cognitivas e o projeto ontológico da diáspora africana”
2. Paulo Dias-
Etnomusicólogo, Presidente da Associação Cultural Cachuera! (SP)
Título da palestra: O lugar da fala-
Conversas entre o ondjango angolano e o jongo
brasileiro
3. Salomão
Jovino da Silva - Pesquisador Doutor em Historia pela PUC-SP e Professor da
Rede Municipal da Cidade de São Paulo.
Título da
Palestra: Sampa Negra: Urbanidade, Periferia, Contracultura e
antirracismo.
4. Maria Antonieta Antonacci
(Professora do Depto. De Pós-Graduação em História da PUC-SP e Coordenadora do
Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora da PUC-SP - CECAFRO)
Título
da Palestra: A arte da memória de corpos em diáspora: “condições de enunciação”
em pedagogia performática.
Mediação: Deise Santos Brito
Dia
02/04- 13:30 às 16:30h- Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Mesa 3 - Performance Negra: mediações entre a cultura tradicional e
a criação cênica contemporânea.
Ementa: refletir sobre a produção cênica de
grupos e artistas negros. Discutir os rumos do teatro negro e da dança afro e
suas estratégias políticas de visibilidade e engajamento estético, social e
político. Compreender
os fundamentos de uma poética afro, seus processos próprios de criação e
fruição, sua corporalidade particular. Pensar as mediações entre a cultura
tradicional africana e afro-brasileira e a criação cênica contemporânea, no
teatro e na dança.
1. Nefertiti Burton- Professora PhD Professora da
Louisville University, Kentucky, USA
Titulo da
Palestra: “Staging Yoruba
Orature for Secular Audiences”
2. Patrick Acogny- Professor Doutor do Laboratório de
d’Etnocenologia da Universidade de Paris XVIII , Sait-Denis, França.
Titulo da Palestra: “From
Tradition to Contemporary Forms: The experience of the Ecole des sables”
3. Grácia Maria Navarro- Professora Doutora do
Departamento de Artes Cênicas, Unicamp.
Titulo da
Palestra: “Na
Encruza”
4.Inaicyra Falcão dos Santos- Professora Livre Docente
do Departamento de Artes Corporais, UNICAMP.
Titulo da Palestra: Corpo e Ancestralidade: Cultura
africano-brasileira e a Criação Cênica Contemporânea
Mediação: Fernando Marques C. Ferraz
C-
Grupos de Trabalho (GTs)
Dias 31/03, 01/04 das 16:30h às 19:00 h
1.
GT- MITO IMAGEM E CENA - EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES AFRO CONTEMPORÂNEAS
Entrelaçar as noções de
mito e imagem no contexto das artes da cena, estudos relacionados ao
imaginário, à performance, à polivalência da imaginação e suas valorações
simbólicas podem ajudar a expandir os horizontes de pesquisa para além das
fronteiras clássicas que separariam os estudos cênicos, antropológicos,
filosóficos, psicológicos e religiosos, colaborando para perspectivas pós-disciplinares.
O grupo de trabalho Mito, Imagem e Cena, em processo de atividades desde
setembro de 2014 com a realização dos Encontros Arcanos e de reunião de
pesquisadores no VIII Congresso da Abrace (Associação Brasileira de Pesquisa e
Pós graduação em Artes Cênicas), expande agora suas margens abarcando
investigações sobre mito, imagem e cena sob o recorte específico das
experiências e reflexões afro contemporâneas.
Coordenação:
Profa. Dra. Luciana
Lyra (UNESP/UFRN)
Prof. Dr. Alexandre
Nunes (UFG)
2.
GT- O CORPO NA CAPOEIRA
O corpo na capoeira, em
suas diferentes vertentes - Angola, Regional e Contemporânea, pode ser
observado e discutido de diferentes perspectivas, seja a partir do olhar da
dança, do teatro, da performance ou da antropologia e, ainda, de forma interdisciplinar. A prática da capoeiragem
agrega em seu fazer questões que perpassam pela simbologia, corporeidade, teatralidade
e ancestralidade, que se manifestam no corpo do capoerista a partir de sistemas
de códigos agenciados pela tradição afro-brasileira e pelo constante movimento
de (re)invenção das práticas populares na contemporaneidade. Com atenção ao
fato da capoeira explorar a potência artística do corpo à medida que estimula o
desenvolvimento de uma consciência corporal, do domínio do movimento expressivo
e da capacidade do jogo, o GT – O Corpo na Capoeira, propõe o encontro de
artistas, pesquisadores e capoeiristas, com intenção de discutir a
expressividade do corpo na capoeira como parte constituinte do ritual da roda,
aqui entendida como manifestação de arte negra e, ainda, como um elemento
potencial para o treinamento do ator e do bailarino.
Coordenação:
Profa.Dra. Renata de
Lima Silva (UFG)
Prof. Dr. Eusébio Lobo da Silva (Unicamp)
Profa. Dra Daniela Maria Amoroso ( UFBA)
3.GT
– A EXPERIÊNCIA NEGRA NO TEATRO BRASILEIRO
Pouco se tem pesquisado
e discutido sobre a experiência negra nas artes cênicas do Brasil e o mundo.
Este fato não se pode dissociar do processo histórico vivido pelo homem negro,
desde a época da escravização e diáspora dos africanos até os dias de hoje. Os
referenciais culturais negros (bem como os indígenas) ainda tem sido pouco
analisados no mundo artístico e acadêmico em suas possibilidades de
contribuição, enriquecimento, desenvolvimento, visibilidade, discussões e
proposições alcançadas por educadores, artistas, pesquisadores, entre outros, a
partir dessa temática nas Artes Cênicas
e outras disciplinas afins.
Este GT almeja
promover/desenvolver um espaço de discussão e reflexão em estudos que
entrevejam a natureza emblemática da cultura negra nas Artes Cênicas e outros
espaços, evidenciando principalmente o Brasil; abrangendo sua natureza de
performance negra, teatro negro ou drama negro e assim, promovendo o
intercâmbio entre pesquisadores e pesquisadoras que o incluem como objeto da
sua experiência e pesquisa, que passa por diferentes eloquências artísticas e
acadêmicas,.
Nosso contexto de
interesse suporta questões políticas, históricas, estéticas em abordagens
experienciais, pedagógicas e metodológicas.
O que contempla aspectos da presença do artista negro na história das
Artes Cênicas, do negro como personagem, dançarino, performer; da temática
negra na dramaturgia; formas negras nas Artes Cênicas; drama negro como Artes
do Espetáculo no patrimônio cultural imaterial o aspecto político e
identitário, as proposições estéticas negras e a performance negra como
pedagogia epistêmica contemporânea. São bem vindos também estudos práticos que
tenham como base a experiência, investigação e proposição de ferramentas de
abordagens metodológicas para inserção de conteúdos no âmbito da formação e
prática do ator assim como a exploração de elementos de composição
corpo-expressiva a partir de elementos da performance artística negra
(cânticos, danças, práticas corporais, folguedos, narrativas míticas e
pessoais).
Coordenação:
Prof. Dr. Julio Moracen
Naranjo - UNIFESP
Profa. Dra Evani Lima - PPGAC-UFBA/CAPES
4. GT- PEDAGOGIA E AFRICANIDADES
O Grupo de Trabalho
Pedagogia e Africanidades visa reunir pesquisas sobre práticas educativas que
dialoguem com os conhecimentos produzidos por africanos e seus descendentes no
correr da história. Inclui, portanto, produções socioculturais e históricas que
abrangem diferentes áreas do conhecimento e diferentes campos de pesquisa, o
que justifica a obrigatoriedade de história e cultura africana e
afro-brasileira no currículo escolar e em áreas de investigação e estudos no
âmbito da graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, ação cultural e ação
comunitária.
Desejamos refletir sobre
as diferentes maneiras de produção dos fazeres educativos no que tange as
relações raciais nas escolas e fora dela. A educação, bem como suas diversas
formas de transmissão não se restringe ao ambiente escolar, estão presentes nas
tradições, nas histórias e memórias inscritas pela oralidade, na musicalidade,
na dança, na corporeidade, na religiosidade, tópicos estes conceituados como
valores civilizatórios afro-brasileiros. Ao promover a discussão e socialização
de epistemologias constituídas a partir dos valores civilizatórios
afro-brasileiros instituídos através da diáspora africana no Brasil,
objetivamos construir um espaço de interlocução que articule aspectos
interdisciplinares e multidisciplinares que aportem pesquisas sobre a
diversidade e confluência das africanidades brasileiras e como estas são parte
integrante do processo pedagógico.
Coordenação:
Ms. Juliana de Souza
Mavoungou Yade-UFC ( doutoranda)
Ms. Márcia Cristina
Américo – UNIMEP (doutoranda)
5.
GT- DANÇA E DIÁSPORA NEGRA
O GT Dança e diáspora
negra deseja reunir e compartilhar pesquisas e reflexões sobre a produção de
dança nos territórios da diáspora negra ponderando sobre as estratégias de
atuação e circulação dos artistas entre espaços diversos. Objetiva-se abordar
percepções históricas e antropológicas sobre as estratégias de formação dos
artistas da dança, seus processos de estruturação e difusão de pedagogias, a
elaboração e constituição de treinamentos, e a recriação de repertórios
coreográficos presentes nessas experiências seja no Brasil ou no exterior. O GT
deseja agregar pesquisas preocupadas em refletir sobre os processos de
hibridização, assimilação e/ou resistência cultural, ressignificações
simbólicas e afirmações políticas permeadas pelos legados e devires
afrodiaspóricos presentes nas práticas de dança. Propomos também agregar
pesquisas interessadas em discutir os processos de produção de conhecimento em
dança a partir da análise do corpo em movimento, da percepção das
subjetividades impressas e os processos envolvidos na construção coreográfica.
As propostas para
comunicação poderão ser apresentadas nos seguintes formatos:
1- Comunicação Oral (20
minutos).
2- Demonstração de
Processo seguida de reflexão do artista sobre seus procedimentos de criação (25
minutos).
Formato para envio das
propostas:
1.Título da Comunicação
2.Resumo ( máximo 30
linhas)
3.Palavras chave
4.Mini-currículo do
pesquisador
5. Foto e/ou vídeo
(link youtube, vimeo, etc) no caso de Demonstração de Processo.
As propostas devem ser enviadas para o email:
coloquioafrocontemporaneo@hotmail.com e devem conter no assunto o título do GT
escolhido. (GT Dança e Diáspora Negra)
Coordenação:
Ms. Fernando M. C.
Ferraz -UNESP (doutorando)
Ms Luciane da Silva- UNICAMP ( doutoranda)
6.
LITERARIEDADES SÔNICAS E PERFORMÁTICAS DE CULTURAS EM DIÁSPORA
O objetivo do GT
Literariedades sônicas e performáticas de culturas em diáspora é reunir
trabalhos que versem sobre práticas culturais afrodiaspóricas detentoras de
arte, de saberes e memórias negras. Concebendo expressões corporais como
produtoras/transmissoras de sabedorias orais africanas e recorrendo a
narrativas performáticas, rítmicas, tamboriladas, protagonizadas por povos
africanos e da diáspora, a perspectiva é captar indícios de redes de
comunicações entre regiões e/ou grupos de escravizados e libertos, no contínuo
vir-a-ser de culturas negras. Em atenção a enredos, instrumentos e repertórios
musicais; danças, gestualidades, esculturas sonoras; cantorias e versificações,
imagens, máscaras e outros recursos audiovisuais de culturas em diáspora,
pretende-se apreender como foram e estão sendo encenadas suas tradições,
memórias e histórias vivas.
No Brasil, nação
forjada na expansão europeia, suas elites reforçam poderes e status nos marcos
de sua cultura letrada, valorizando modos de ser, pensar e viver,
produzir/consumir bens culturais em seus códigos e imaginário iluminista. Nas
“dobras” de sua ordem e progresso, pulsam outras lógicas, valores, modos de ser
e comunicar permeados por matrizes de culturas orais gestadas no inter-cruzar
de povos africanos, nativos, migrantes e deslocados de contínuas diásporas
internas. Priorizando atenções a travessias letra, voz, imagens, sons,
performances, em locais de cultura enraizados entre-lugares de gêneros orais e
linguagens letradas, importam estudos voltados a pedagogias performáticas,
empoderando corpos negros.
Em críticas à
modernidade/colonialidade, lendo jazz, reggae, funk, rumba, zouk, compas, hip
hop e outros refazeres de africanidades no Brasil, a exemplo de festas,
capoeira, coco-de-roda, maracatu, candomblé, umbanda, macumba – enquanto
diferença colonial –, a intenção é pensar desde reinvenções de ancestrais
práticas pedagógicas voltadas a “condições de enunciação”, na contramão de
discursos pedagógicos.
Coordenadores:
Maria Antonieta
Martines Antonacci (PUC/SP)
Danilo Luiz Marques (Secretaria de Educação do
Estado de São Paulo)
Liliane Pereira Braga (Secretaria Municipal de
Educação de São Paulo)
7.
IMAGENS EM MOVIMENTO, NARRATIVAS E PERFORMANCES NEGRAS
As instalações de Isaac
Julien, as vídeo-performances de Paulo Nazareth e Dalton Paula, o cinema de
Viviane Ferreira e Zózimo Bulbul constroem narrativas, questionam lugares
comuns e oferecem novas leituras da construção do corpo negro. Não
domesticáveis, esses trabalhos exprimem a multiplicidade das subjetividades
negras. Daí, a intenção deste GT é pensar como são acionadas essas práticas de
contra-representação do corpo negro construídas por artistas visuais e
audiovisuais negrxs, através de imagens em movimento, em especial, através de
performances e narrativas audiovisuais e/ ou multiplataforma (cinema, vídeo,
tv, videoclip, vídeo experimental, vídeo dança, webdoc, flashmob, videocast,
video-arte, vídeo-instalação, etc). Nosso diálogo mais direto é com autores
como bell hooks, Kobena Mercer, Stuart Hall, Manthia Diawara e Deborah Willis.
Temáticas voltadas para gênero, sexualidade, territorialidade, religiosidade e
as artes do corpo negro em sua dimensão audiovisual; memória e a constituição
de arquivos visuais e audiovisuais da produção cênica negra; novas formas
narrativas de cinemas negros africanos e afrodiaspóricos, a relação entre o
griot (e/ ou o teatro) e o cinema africano e estudos de trajetórias serão
bem-vindos. O espaço também estará aberto para apresentações de artistas
visuais e audiovisuais que desejem falar sobre a filosofia e trajetória de seu
trabalho.
O GT se estenderá por 3
encontros, das 16h às 18h30, com 4 a 5 falas diárias (pelo menos uma delas será
voltada para artistas visuais ou audiovisuais que pretendam fazer um statement
sobre o seu processo de trabalho). Cada pesquisador/ artista terá 15 minutos
para apresentar a sua fala. A previsão é de que tenhamos ao menos 1 hora ou
1h30 para o debate sobre os trabalhos apresentados.
Coordenadores:
Profa. Dra. Janaína
Damaceno (UFSCar) djanaina@yahoo.com
8.
CONTEMPORANEIDADE E CULTURA POPULAR: ATRAVESSAMENTOS - DANÇA, ARTES E EDUCAÇÃO.
O presente GT tem como
proposta fomentar a discussão sobre a cultura popular em consonância com o
campo das artes e suas linguagens, sobretudo na dança - principal eixo de
diálogo - bem como suas implicações, questões e experiências na esfera pedagógica.
A partir do contexto contemporâneo, buscamos articular tais atravessamentos
compreendidos numa dinâmica híbrida, abarcados de elementos culturais, sociais,
artísticos e pedagógicos que estão para além dos que a constroem.
As propostas para
comunicação poderão ser apresentadas no formato Comunicação Oral (15 a 20
minutos), apresentada por meio de
slides, banner, vídeo, fotografias ou outro meio de comunicação visual ou
audível.
Coordenadoras:
Rosane de Assis Barbosa - Mestre em Ciências Sociais –
UFRRJ / Professora da
Faculdade e Escola de Dança Angel Vianna - RJ
Gessica da Silva
Justino - UFRJ. bacharelanda em
Dança/UFRJ
Tulani Pereira da Silva
- Pós-Graduanda em Linguagens Artísticas,
Cultura e Educação – IFRJ
D- Filmes /palestras com os
realizadores
31/03
– 19:30h às 21:30h –Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Movement (r)evolution África - A história de uma forma de arte em quatro atos - direção e realização de Joan Frosch. (65 min)
Movement (r)evolution África - A história de uma forma de arte em quatro atos - direção e realização de Joan Frosch. (65 min)
Sinopse: Numa surpreendente
exibição de efervescência da arte coreográfica, nove coreógrafos africanos
contam historias sobre uma arte emergente, capaz de revelar subjetividades
múltiplas e profundamente contemporâneas. Coreografias excepcionais e discursos
críticos desafiam, nesse documentário, estereótipos ultrapassados de uma
“África tradicional” e desvelam respostas comoventes, trágicas e belas, aos
desafios do século XXI.
Título da Palestra de Joan Frosch: O “Ridículo da Arte” e o Trabalho do
Coreógrafo Faustin Linyekula
01/04-
19:30h às 21:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Um
Filme de Dança – direção e realização de Carmen Luz
Sinopse: E os negros? Onde estão os negros? -
eis a pergunta que os brasileiros deviam se fazer uns aos outros", a
pergunta de Jean-Paul Sartre e a constatação de Nelson Rodrigues nos anos 60 do
século passado ainda ressoa. Seu eco foi o ponto de partida para a realização
de Um Filme de Dança. Documento pioneiro, o filme foi ao encontro de
alguns dos mais atuantes criadores negros de dança de diferentes gerações e nos
mostra a trajetória, o pensamento, o belo e contundente trabalho desses
artistas. O filme é uma homenagem à perseverança de bailarinos e
coreógrafos. Um tributo ao corpo negro, dono de sua própria dança.
Titulo da Palestra de Carmen Luz: Dança e Escuta – Sobre o jogo
das (in)visibilidades
02/04-
17:00h às 18:30h – Teatro Maria de Lourdes Sekeff
Balé
de Pé no Chão - A Dança Afro de Mercedes Baptista- direção e
realização de Marianna F. M. Monteiro e Lilian Solá Santiago ( 53min)
Sinopse: vídeo-documentário
dirigido por Lillian Santiago e Marianna Monteiro, realizado pela Associação Cultural
Cachuera! e pela Terra Firme Digital. O vídeo resgata a surpreendente trajetória da primeira bailarina negra do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro, artista responsável pela elaboração de uma
linguagem afro-brasileira de dança. A partir do vínculo de Mercedes Baptista
com os movimentos culturais do Rio de Janeiro das décadas de 50 e 60, em
especial com o Teatro Experimental do Negro, o documentário revela o papel
central da cultura afro-descendente na dança moderna brasileira, e o
pioneirismo de Mercedes Baptista na luta pela afirmação do negro na dança
cênica nacional. O vídeo foi subsidiado
pelo Prêmio Palmares de Comunicação-2005, vencedor da
categoria Corpo Negro em Movimento. A versão de 52 min, foi premiada na 11a. Mostra Internacional do Filme Etnográfico em 2006 – Prêmio Manuel Diegues Junior: Melhor Pesquisa e Roteiro.
categoria Corpo Negro em Movimento. A versão de 52 min, foi premiada na 11a. Mostra Internacional do Filme Etnográfico em 2006 – Prêmio Manuel Diegues Junior: Melhor Pesquisa e Roteiro.
Titulo da
Palestra de Marianna F.M. Monteiro: Dança afro, primeira dança moderna brasileira
Título da Palestra de Lilian Solá Santiago: Tela preta- o corpo negro no cinema brasileiro
Título da Palestra de Lilian Solá Santiago: Tela preta- o corpo negro no cinema brasileiro
E- Avaliação: perspectivas futuras
do colóquio
18:30h às 20:00h - Teatro Maria de Lourdes Sekeff
F- Encerramento/ Festa
Dia
02/04 às 20:00h- Em frente ao Circo da Barra
Ngoma, terreiro sudestino
Batuque
de Umbigada e Jongo (Grupo Cachuera!)
G- Oficinas /Vivências
Dias 03/04 e 04/04- Teatro Reynúncio Lima
Das 9:00h às 12:00h
1. Si ocê quizé vem
Propositor- Rui Moreira,
bailarino e coreógrafo, investigador de culturas, Cia SeráQuê? , MG.
Ao observar e mergulhar
nos movimentos sociais dos homens e mulheres que ocupam as ruas das diásporas
negras do continente americano, vamos reconhecer um painel de similitudes e
diversidades que ligam as diferentes culturas dos países da afro América. Dar
foco a esta forma de corporeidade amplia as possibilidades de compreender a
universalidade presente na história de cada nação a partir de suas matrizes
africanas. A alquimia de transformar esta corporeidade em mídia de arte é o
argumento da vivência. A vivência divide-se em:
Sensibilização
psicomotora
Explanação/discussão
sobre experimentações gestuais criativas ligadas às danças negras
Improviso
Das 14:00h as 17:00h- Teatro Reynúncio Lima
2.Orikis: dramaturgia e encarnação da tradição yoruba no teatro
Propositora: Nefertiti
Burton- Professora PhD Professora da Louisville University, Kentucky, USA.
Através
do estudo da cosmologia e filosofia Yorubá, a oficina introduzirá os
participantes em procedimentos de criação cênica a partir da produção dos
poemas litúrgicos tradicionais. Compondo elos interdisciplinares, a oficina
propõe um exercício de criação cênica a partir da apreciação da liturgia
Yorubá, seus sistemas simbólicos e imagéticos.
Para as oficinas precisam de inscrições prévias? Onde se inscrever?
ResponderExcluirOlá Janaina! Precisa sim! Dia 16/03 postaremos aqui no blog informações sobre a inscrição nas oficinas. Fique atenta! Abç Comitê Organizador,
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